09/12/2013


Ter filhos é uma droga...


Existe um lugar comum que define a chegada de filhos na vida de um casal como um momento de “careteamento”, quando os novos pais deixam as loucuras do passado pra trás, tornando-se mais sérios e responsáveis. Qualquer um que tenha filhos sabe que isso é uma bobagem. A grande verdade, que ninguém diz porque iria constranger cidadãos de bem, é que filhos transformam os pais em dependentes químicos, em junkies, em verdadeiros alucinados.
Filho é um vício, uma viagem sem volta, um fator de altíssima dependência que causa todo tipo de efeito colateral. Isso é especialmente visível nos primeiros meses de vida do bebê. Olhe para pais recentes: olheiras profundas, cara de acabados, explosões de mau humor, alienação da vida social, total desinteresse por outros assuntos que não o seu pequeno e completo desprezo pelas normas sociais no jeito como se vestem. Nessa época, os pais sofrem de privação de sono, paranóia (“será que ele tá respirando? será que vou conseguir ensinar alguma coisa pra ela?”) e indícios de transtornos obsessivos (“ferver a água duas vezes é suficiente?”). O fato de se cercarem de objetos e roupinhas coloridas com animais falantes e personagens infantis mesmo quando os filhos não conseguem distinguir direito formas e cores mostra a extensão do seu descolamento da realidade. É um espetáculo grotesco.
Com os bebês crescendo, o comportamento desajustado continua e se aprofunda. Os pais acham normal andar vomitados por aí, cantar a plenos pulmões músicas sobre sapos que não lavam o pé, dançar em momentos inadequados e falar sem parar durante horas (sobre os filhos). Ficam em rodinhas nas quais só são aceitos os parceiros de vício e as conversas são recheadas de códigos próprios. Compartilham visões lisérgicas de brinquedos que falam, dinossauros roxos, cachorros vermelhos gigantes, turmas de animais aventureiros, mundos alternativos que só fazem sentido para os junkies com quem andam. Os que não estão na mesma pilha são vistos com desdém. Casais sem filhos, especialmente, costumam ser tratados como seres inferiores. Aliás, o delírio de grandeza de quem tem o vício dos filhos toma ares místicos. É comum você ver pais beijando machucados de filhos como se tivessem poder de cura e assoprando alimentos sujos como se o seu sopro fosse purificador. Mas a euforia não dura o tempo inteiro. Quando não estão com as crianças, os viciados se jogam em sofás num estado de pura letargia, abrindo mão de projetos que antes os entusiasmavam e que faziam deles membros produtivos da sociedade. Agora eles vivem apenas para alimentar e fazer crescer seu vício.
Como toda droga, os filhos tem seu efeito mais potente nos primeiros dias de uso. Os pais de um recém nascido tem os olhos vidrados, um discurso riponga de paz e amor, e o depoimento constante de que tudo está diferente, mais brilhante. Com o tempo, é preciso drogas mais pesadas e complexas para sustentar esse barato. Demora para que os pais encontrem algo à altura dos filhos e que cause tamanho prazer depois de tantas experiências intensas ao longo dos anos. Mas as autoridades sabem que todo pai e toda mãe, após duas ou três décadas de uso de filhos, vive em busca de repetir o prazer da primeira viagem e logo logo acabam caindo nas garras de uma outra droga, ainda mais pesada, que faz pessoas experientes agirem de maneira ainda mais abestalhada e inconsequente. Você já deve ter ouvido falar por aí. Chama-se “netos”.
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Minhas riquezas, maior amor e realização não há 

01/12/2013

"Todo homem inteligente deveria saber"... Mais que perfeito!!!

Como amar uma mulher: 

“Você pode não ser o primeiro homem dela, o último homem dela ou o único homem dela. 
Ela amou antes, pode ser que ela ame de novo. Mas se ela te ama agora, o que mais importa? 
Ela não é perfeita - você também não é, e vocês dois podem nunca ser perfeitos juntos, mas se ela te faz rir, te faz pensar duas vezes, e admite ser humana e cometer erros, segure-se a ela e dê a ela o máximo que você puder. 
Ela pode não estar pensando em você a cada segundo do dia, mas ela te dará uma parte dela que ela sabe que você pode quebrar - o coração dela. 
Então não machuque ela, não mude ela, não analise e não espere mais do que ela pode dar. 
Sorria quando ela te fizer feliz, diga a ela quando ela te deixar com raiva, e sinta a falta dela quando ela não estiver por perto.”

(Bob Marley)