28/07/2011

"O Caderno"



Eu não sei se você se recorda do seu primeiro caderno...
Eu me recordo do meu.
Com ele eu aprendi muita coisa.
Foi nele que descobri a experiência dos erros...
Ela é tão importante quanto à experiência dos acertos!
Por que vistos de um jeito certo, os erros, eles nos preparam
para nossas vitórias e conquistas futuras.
Por que não à aprendizado na vida que não passe pela experiência
dos erros...
Caderno é uma metáfora da vida, quando erros cometidos eram
demais eu me recordo que nossa professora nos sugeria que a
gente virasse a pagina.
Era um jeito interessante de descobrir a graça que há nos recomeços.
Ao virar a pagina os erros cometidos deixavam de nos incomodar e
a partir deles a gente seguia um pouco mais crescido!
O caderno nos ensina que erros não precisam ser fontes de castigos,
Erros podem ser fontes de virtudes.
Na vida é a mesma coisa...
O erro tem que está a serviço do aprendizado.
Nenhum tem que ser fonte de culpas, de vergonhas.
Nenhum ser humano pode ser verdadeiramente grande sem que
seja capaz de reconhecer os erros que cometeu na vida.
Uma coisa é a gente se arrepender do que fez, outra coisa é a gente se sentir culpado
Culpas nos paralisam, arrependimentos não.
Eles nos lançam pra frente, nos ajuda a corrigir os erros cometidos.
Tê-los é semelhante a um caderno...
Ele nos permite ver os erros pra que a gente aprenda a fazer do jeito certo!
Você tem errado muito? Não importa, aceite de Deus esta nova pagina de
vida que tem nome de HOJE.

Recorde-se das lições do seu primeiro caderno, e quando os erros são demais vire a pagina.


((Pe.Fábio de Melo))

SOBRE O AMOR, ROSAS E ESPINHOS...

 


   
Amor que é amor dura a vida inteira. Se não durou é porque nunca foi amor.

O amor resiste à distância, ao silêncio das separações e até às traições. Sem perdão não há amor. Diga-me quem você mais perdoou na vida, e eu então saberei dizer quem você mais amou.

O amor é equação onde prevalece a multiplicação do perdão. Você o percebe no momento em que o outro fez tudo errado, e mesmo assim você olha nos olhos dele e diz: "Mesmo fazendo tudo errado eu não sei viver sem você. Eu não posso ser nem a metade do que sou se você não estiver por perto."

O amor nos possibilita enxergar lugares do nosso coração que sozinhos jamais poderíamos enxergar.

O poeta soube traduzir bem quando disse: "Se eu não te amasse tanto assim, talvez perdesse os sonhos dentro de mim e vivesse na escuridão. Se eu não te amasse tanto assim talvez não visse flores por onde eu vi, dentro do meu coração!"

Bonito isso. Enxergar sonhos que antes eu não saberia ver sozinho. Enxergar só porque o outro me emprestou os olhos , socorreu-me em minha cegueira. Eu possuia e não sabia. O outro me apontou, me deu a chave, me entregou a senha.

Coisas que Jesus fazia o tempo todo. Apontava jardins secretos em aparentes desertos.

Na aridez do coração de Madalena, Jesus encontrou orquídeas preciosas. Fez vê-las e chamou a atenção para a necessidade de cultivá-las.

Fico pensando que evangelizar talvez seja isso: descobrir jardins em lugares que consideramos impróprios.

Os jardineiros sabem disso. Amam as flores e por isso cuidam de cada detalhe, porque sabem que não há amor fora da experiência do cuidado. A cada dia, o jardineiro perdoa as suas roseiras. Sabe identificar que a ausência de flores não significa a morte absoluta, mas o repouso do preparo. Quem não souber viver o silêncio da preparação não terá o que florir depois...

Precisamos aprender isso. Olhar para aquele que nos magoou, e descobrir que as roseiras não dão flores fora do tempo, nem tampouco fora do cultivo.

Se não há flores, talvez seja porque ainda não tenha chegado a hora de florir. Cada roseira tem seu estatuto, suas regras...

Se não há flores, talvez seja porque até então ninguém tenha dado a atenção necessária para o cultivo daquela roseira.

A vida requer cuidado. Os amores também. Flores e espinhos são belezas que se dão juntas. Não queira uma só. Elas não sabem viver sozinhas...

Quem quiser levar a rosa para sua vida, terá que saber que com ela vão inúmeros espinhos.

Mas não se preocupe. A beleza da rosa vale o incômodo dos espinhos... ou não.

(Pe. Fábio de Melo) ... Magnífico esse texto, AMEI !